quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O buraco no muro

Pensando insistentemente nas questões da inclusão digital, e em tudo que já havíamos postado em nosso blog, me deparei com um ponto de interrogação, e a me perguntar, quem são os excluídos digitais?
Podemos pensar que são os deficientes. Sim, muitos deles podem ser excluídos digitais se os sites não se estruturarem de forma que as ferramentas que eles utilizam não consigam fazer a leitura, ou se eles não tiverem acesso a determinadas ferramentas. Porém ao falarmos de inclusão, não podemos nos referir somente aos deficientes. Segundo a Declaração de Salamanca (1994), documento norteador de políticas e ações de inclusão, no Brasil e no mundo,

"todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos em desvantagens ou marginalizados..."

Ao pensarmos em todos esses grupos que permaneciam e/ou permanecem excluídos das instituições escolares, do sistema educacional, podemos quantos alunos são excluídos, no caso de nosso estudo, excluídos digitais. A educação é direto de todos, e como parte da educação atual está a educação digital, não há como deixá-la do lado de fora da porta das escolas. Aliás, precisamos superar as barreiras, transpor os muros, e olharmos como podemos ter as novas tecnologias como aliadas na aprendizagem e na quebra das fronteiras entre in/exclusão.
Gostaria aqui de compartilhar um vídeo que me fez pensar sobre estas questões...



Claro que não estou afirmando aqui, que a solução encontrada seja apropriada para a inclusão digital de grupos marginalizados. Mas acredito que este vídeo exibido, seja ideal para pensarmos e refletirmos nas muitas formas de exclusão que os sujeitos podem vivênciar, seja no acesso a educação digital, ou muitas outras formas. É importante também, para pensarmos nas realidades que existem e com as quais muitos professores e alunos convivem ainda hoje na era digital.

Postado por Elisa Bender Storck

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